as horas do desespero não enganam
são sempre pungentes sem amor possível
apenas os olhos vivem no mar dessas horas vidas
o brilho negro ofusca a paisagem distante
do sentido dos afectos
e o id sufoca o real
que sobrevive das aparas vermelhas
que correm lentas
terra queimada pelos passos do monstro
de nome sussurrado no sono
de que se foge em constante delírio
para que nomes?
o grito que não sai
as palavras que ardem
as águas que se fecham na vergonha
os cigarros que se mastigam sem amanhã
os olhos que se fingem
a salvação por que se anseia sem saber
o vazio que devora tudo..
19 de junho de 2007
as horas
Vomitado por saenima às 16:09
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Muito tocante Sérgio. Carregado de psicanalismo e uma boa dose de amarga tristeza.
Beijos,
Racas
Enviar um comentário