26 de junho de 2007

o nosso (...)

o teu abraço apaga-se
na intensidade final do fim
e esses beijos fugazes
deixaram marcas em mim

o nosso (...) é estranho
sinto-o quase um engano
falta-me apenas descobrir
qual de nós está a mentir
no abandono tão difícil
de uma condição servil
a um coração quase senil
que ladra em vão no canil
desespera pela injecção
que a liberte da solidão
conhecida demais em mim
escondida bem dentro de ti

era aquele teu abraço
tão característico o traço
o (...) aquecia-te o corpo
o beijo sumia-me aos poucos
mas a distância chegou
e o nosso (...) pisou
e agora sinto o vazio
que a puta da vida pariu
e a raiva ainda cresce
o desespero floresce
mais sete dias passaram
as nossas almas contaram
na esperança da diferença
do fim da minha doença

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