29 de junho de 2007

naufrágio

silêncio forçado
utopia enganada
atrofio seleccionado
peito cansado do nada sentir
anseio do teu toque
da tua chama
não nego, a tua cama
chama-me
dama da minha alma
essa tua calma
que queima e sufoca
e me provoca

o desejo move-me
contra ti
contra nós
as paredes asfixiam
a música não esquece
isto não adormece
não desapareces
vísceras
razão
sentir
alma
karma

foda?
não
tu é que não vês
porque não mostro
nem a ti

mas a distância é real
foco assustado
na dimensão brutal
da loucura
e do medo
os ratos fogem
agarro-me ao fundo
e desapareço

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