29 de junho de 2007

demência nocturna parte II

onde estás agora que tanto preciso de ti?
algures na merda que mais uma vez fiz?
ou já no esquecimento que me envolve o lar
da mente distorcida?
os gritos atormentam até a mente mais sã
o que dizer da demência que aqui habita?

onde está o sentimento de osmose
que partilhámos na nossa simbiose?
e era nossa

ou a proximidade do nosso afecto
que sem esforço fodi como o resto
que me deste antes mesmo de to pedir?

onde estás na minha ânsia de partilhar
este momento meu?
teu porque to quero dar
e porque comigo lutaste

...

o desmembramento habitual da realidade instável
o esforço demasiado da semi normalidade
colhe os frutos mais negros
e desaba

a raiva não é em vão
opressiva
negadora do medo porque não deixa espaço
o conforto de desligar as sinapses
toma conta de mim
e alheia-me de ti

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