sentado aqui ao canto da tasca
com um copo de tinto escorregando da mão
adormeço ao som das conversas
que se deitam fora entre amigos
lá fora o mundo está cravado
dessa injustiça humana
mas aqui tudo o que existe
são almas próximas no desengano
de mais um copo partilhado
o balcão cospe fogo em copos
e as colunas despejam palavras
de intervenção afectiva
os convivas conhecem-se já
e as zangas morrem rápidas
a política dissolve-se
os futebóis não se zangam
e as gargantas nunca secam
fecho os olhos lentamente
e desligo a cansada mente
o conforto invade-me o corpo
e o copo escorrega no chão
13 de junho de 2007
fim de tarde na tasca
Vomitado por saenima às 18:28
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário