6 de junho de 2007

de ti onde?

parede em sangue
buraco infecto da alma evacuada há muito
a ilusão acaba
rápida como o desespero já habitual
não sabias afinal que o caminho estava armadilhado
e que a carne é demasiado fraca para o tamanho da carência

senti
por momentos teus isolei-me de mim
e senti

espiral
do fim iniciático

o espelho
aperitivo de ti
reflexo enganador

a desilusão faz parte de mim
negro pois invisual
eu porque cego de cão
de vida em vida falsas
de ti onde?
de ti quando?

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