estas lajes que piso
o ar sujo que respiro
a paisagem em movimento
num retrocesso lento
a criança abandonada
num instante feliz
os ratos na estrada
no futuro que perdi
o relógio incessante da fuga dos tempos
introspecção cauterizante dos muitos lamentos
o som lascivo da esperança
e a tentação latente na dança
da macabra pequenez insensata
que a sombria mente não dilata
ou os olhos abertos ao coma
ouvidos surdos ao dogma
à bílis dar sentido lato
em cada único retrato
o sentimento escalpelizante dos tormentos
num fundilho emocional que escorre lento
foder tudo num instante brutal
e a massa odiosa tornar banal
esgueirar as palavras na música
e do verbo fazer músculo
desejo de abraçar o caos
ou libertar a psicose
das vísceras libertar o mal
e tudo destruir com a morte
o ódio como pano de fundo desse tempo
que me suga o tutano da eterna dor latente
30 de junho de 2007
permanente
Vomitado por saenima às 11:24
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