4 de novembro de 2008

diário de um tasko-dependente, 6

desbravo mais uma garrafa de tinto
e as perguntas fogem, cada uma à vez
agarro o neurónio único, solitário
na busca de uma resposta a esta sordidez

o balcão alonga-se aos vários infinitos
quantos estes alcóois que me entoam
suaves melodias de manhãs desacordadas

ergo-me cambaleando entre o whisky
e as cervejas de passados já distantes
e desisto finalmente
de quem desistira de mim.


in taska raska