12 de julho de 2007

carta

abrimos os nossos mundos um ao outro
escapa-me ao controlo que o meu esteja mais repleto de coisas feias e mudas
não é razão para que me mostres os dentes rombos
como se a dor por eles não perpassasse na mesma
diz-me o quanto me queres ver desaparecer
para que o faça de uma vez por todas
e num instante repentino destruir este limbo
que me enlouquece a velocidade de cruzeiro descontrolado
não tenho armas nem táctica para esta batalha
nem quero este inimigo
o silêncio devastado
a minha distância apocalíptica
neguei-a por ti e agora sinto-a ressurgir
no fumo dos corpos abandonados pela incoerência
das verdades engorduradas pela mágoa
que escorregam céleres entre os escombros
ninguém sai impune da vida

3 comentários:

Susie disse...

por acaso n te chamas alexandre?

saenima disse...

não.. relembro-to?

Susie disse...

não, era apenas a geografia e o teu o gosto musical.
silly me!