3 de julho de 2007

o teu amor espraiado

neste lugar estranho
que habita a minha alma
e que vieste ocupar sem renda
nem prazos

estava prestes a enfrentar
aqui e orgulhosamente só
a bola maciça da destruição
sem retorno

o devoluto coração meu
desabou no espaço vazio
que em ti encontrei
e agarrei

o jornal não me dá notícias
a televisão avariou a vida
a música não saboreia
a solidão

apenas o silêncio ofuscado
e o branco que escureço
me dizem o teu amor
espraiado

1 comentário:

Susie disse...

abrem o portão e depois...