faca anónima de gume triste
as palavras magoam a saliva que cospe cega
e corta o vazio entre nós
é o desencontro das almas afiveladas
a sorrisos amarelos o que mais dói
e mais o nada acerca
estou aqui mas não existo
e o sangue não me fala
e a carne enganada pela mentira
do silêncio
está casebre demolido
de bairro social
habitado por junkies obliterados
e de memória falha
vilão do meu próprio filme série b
marginal a cinzento
terceira cor do binómio
e negociador da paz podre
entre o ódio e a raiva
e o barco negreiro
que não se afunda nunca
corrói-me o esqueleto esponjoso
são miragens que matam
oásis peneirados de água
e dunas entrecortadas
num horizonte bem próximo
de casa
12 de julho de 2007
viagens..
Vomitado por saenima às 00:57
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