26 de julho de 2007

2+2=5

são os sentidos que se apagam
quando a bobine desfila sonhos
e é essa coisa-alma, acesa por dentro
que ilumina aquilo que resta dos escombros
que ficaram, sem rodas nem lagartas
para os ultrapassar,
rastejo como um verme
mas não me sujo
as minha mãos estão limpas
e o cabelo livre do sabão queimado

não percebo o esperanto desta jaula
nem porque me falam nisso
enquanto a babel cresce sem pausas
regada por sóis quixotescos
que não vêem o que irradiam

paradoxo do winston de orwell
derrotado à nascença
é a negação da carne que me entrega
nas mãos do partido

e sim, digam as palavras
o que desejarem,
dois e dois sempre serão cinco

1 comentário:

Susie disse...

Oh go and tell the king that the sky is falling in
When it's not
But it's not
But it's not
Maybe not
Maybe not