9 de julho de 2007

haiku primaveril

o sangue nasce
a carne fica, pára
impune, sorri

deus calado, vê
não chora pois os mortos
vingam os vivos

a terra cinza
e o céu abre falhas mil
adorno a fuga

jaz vil a razão
a tempestade fiel cai
falsa memória

apago os olhos
a mente voa sem nuvens
morro sozinho

Sem comentários: