insanidade ocupa-me
o tempo livre
os tremores
faz como se não os visses
faz de conta que está tudo
como deveria ser
a natureza nasce comercializada
o homem finge o sonho
na luz negra da pastilha
e nós existimos
nós
como se isso me fosse possível
agarrar o externo sentimento
e dele fazer algo inteligível
palpável
sistemas imunitários
paralelos e perpendiculares
que se destroem
na ausência da carne
e na ausência da alma
não sei como sentir-te
de outra forma
sem sangue a palpitar
entre o nosso espaço
que se dilata
e se escoa no tempo
da minha cobardia
22 de julho de 2007
nós
Vomitado por saenima às 01:48
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