4 de julho de 2007

saldos

o açaime arranha-me
tolhe-me os movimentos
e os amanhãs

é tortuoso o labirinto enfrentado
e tem raiva de quem lá entra

a alma está em saldo
mas ninguém compra
nem quem por lá passa
e gosta do que toca e vê

as cores são poucas
mas as tonalidades infinitas
o modelo está fora de moda
e não cabe na realidade

enfentado o medo
o que resta?
o vazio completo da derrota
ou o sabor do nada?

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