29 de abril de 2007

sentidos apreendidos

preciso respirar-te
as horas que não são vivas sem o teu cheiro, preenchem-me da falta de ti

preciso ouvir essa voz quente e próxima
som cheio de vida e memórias e agridoce assim como és, tu

tenho que te olhar
nos outros dias em que apenas existes dentro de mim, e não nestes olhos gastos, és sempre um pouco menos

preciso tocar-te
brancura tua e minha, corpo repleto de ti, triângulo de perdição e imaginação vagueante e delirante e ofegante e orgásmica

preciso estar em ti
alma tão próxima que igual mas mais livre como não sou dos desafectos da vida

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