23 de abril de 2007

a raiva

a raiva que ruge corrói-me, corrompe-me por dentro..
eu não consigo gritar, porque quem me ouve não está cá
há muito partiu..
como que uma lembrança doentia
podre o interior
o dilúvio de uma dor sem fim
será que amanhã chove?
sim..
chove todos os dias
todos os dias são iguais
todos estes dias banais
todos os dias mortais lufadas de ar fresco me trazem de volta ao mundo renegado, como que um morto arrancado à morte, eu acordo e digo:
merda, que se foda a vida dos mortos..


arquivo 2006

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