saio então para a rua
desvio-me dos cadáveres
e procuro a minha luz em ti
esqueço tudo o que sofri
e renasço assim em ti
já me tinhas dito que era tarde demais
o amor que em ti morreu já não volta mais
mas eu sei que o impossível acontece
mesmo sem deus para ouvir essa prece
pausa analítica..
a bílis reaparece como sempre..
dois dias depois..
já não sei o que diga mais
um milhão de atrasados mentais
vivem no interior da minha mente
fecunda schizo paranóica doente
dá-me um dia uma hora uma vida
que esta coisa que sou nunca mudará
sempre em constante desatino
é fatal remetido ao destino
que me escorre para o esgoto
sou um monstro um monstro
cuja vida não vale uma punheta
chaga do mundo que não é meu
parido por uma qualquer puta
que em vida não desiludi
e em cuja morte continuo a cuspir
é como amar
é como matar
é como viver sem antes nascer
saio então para a rua
invisível para melhor fugir de mim
encontro-te então a ti
o desejo morreu em ti
e a vida morreu em mim
11 de maio de 2007
rua da morte, nº 0
Vomitado por saenima às 03:42
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