porque a saudade sou eu
e o remorso vive aqui
a merda acumula sem receio
de abafar tudo
apenas pudesse dizer-te o que és também em mim
sem que para isso metesse os pés pelas mãos
e os meus medos na tua felicidade
que me assusta
porque não partilho
quis um sonho
não o foste
a tua carne e o teu sangue
falaram mais alto
que o egoísmo
que me continua a engolir
o futuro
morremos à nascença
porque de coração morto
me conheceste
apesar das verborreias
que te impingi
e agora sinto-te na distância segura
de quem mais uma vez fugiu
da vida
quero voltar à tua prisão
na esperança do abandono
do peso do meu mundo
24 de agosto de 2007
outonos
Vomitado por saenima às 01:33 1 reacções
7 de agosto de 2007
this abyss
promises made out of little nothings
like the dreams i dreamt wide awake
have nothing for you anymore now
but a grip of sorrow and hell hounds
on your trail
promises made with empty horizons
show off the bard without songs
and the life that has collapsed
left behind too many relapses
to recall
this abyss has meanings
beyond you and me
promises emptied floods whole
and destroyed the holding cells
only to raise new walls crimson
of blood cried in souls amiss,
lost in hell
this abyss must have a meaning
beyond you and me
Vomitado por saenima às 01:27 1 reacções
5 de agosto de 2007
preto e branco a cores
as cores devaneiam pelo meio do álcool
e não me abandona esta sensação
de entorpecimento permanente
reflexo óbvio do abuso da introspecção
alterada pela substância dionisíaca
as cores viajam pelas nuances
e ensinam-me novas palavras
para as descrever no monólogo
as cores preenchem-me o olhar
fechado sobre si próprio
não sem apelos variados à comunicação
menos monocórdica
e menos suja de discórdia
entre verdades aceites e não aceites
as cores dançam porque é isso que elas sabem fazer
entre o som e o silêncio elas encontram o seu rumo
sem o ter perdido..
as cores conhecem-me bem
longas são as histórias partilhadas
em carnavais e funerais
imaginados ou apenas reais
sempre têm palavras para mim
nem sempre as que procuro
mas sempre as que perdi
as cores vão morrendo na névoa
picam o ponto e dão o seu lugar
aos cinzentos
que também são cores mas menos livres
sindicalizadas sem direito a loucuras
as cores abandonam-me
na altura em que mais necessito
que me abandonem
sem me sussurrarem adeus
mas até já
as cores ficam sempre
mesmo depois de partirem
fazem-me parte delas e nelas já tanto vivi..
Vomitado por saenima às 20:10 0 reacções
zeca medeiros - maria
quanto mais não seja, boa música não pode faltar por aqui..
uma das minhas preferidas do grande zeca..
directamente dos açores..
Vomitado por saenima às 16:09 0 reacções
(título apagado)
as palavras soltas
com ordem para matar
procriam ódios
e não deixam a vida
acontecer
seria entre essas palavras
que estarias
se as rédeas fossem soltas
mas destruí os evangelhos
de quem não tem verdades
e agora na distância
que ambos conhecemos
não nos reconheço
apenas ficou o hábito vazio
e o esquema da solidão
que fugiu de ti
a lua esvaziou
e a noite ficou mais escura
Vomitado por saenima às 04:03 0 reacções
drive
roads open up before me
mean nothing without you
all the ghosts i carry
try to kick you out
but still you hold on
gripping the wheel tight
i told you twice already
give me up for the night
and maybe you can still
speed away unscarred
leaving the night behind
past the pain and the skies
drive away while you can
feel anything for me
it won´t last
a passenger of my fears
a ticket without destiny
i said you wouldn´t find
any more fuckedup ids
than inside this one mind
that death has caressed
so many, too many times
have i stripped and dressed
the frail veils of sanity
to the ends of you and me
leaving the night behind
past the pain and the skies
drive away while you can
feel anything for me
it won´t last
Vomitado por saenima às 03:58 0 reacções
disappearer
tolls of the darkest smoke
pine through broken souls
without hesitation or hope
swirl away, becoming holes
in which i hide and become
one with voids unimaginable
expurge prayers, and not one
can know the depths i´m able
to sink into
disappear to
too somber
not even a glimpse
can awake it now
and the ropes are cut
and the veins are open
and nothing will ever be the same again
you know running is my own game
why do you insist on playing it?
if i were choking on my own chain
would you still try and break it?
and if the tides came to save me
would you dive in and embrace me?
if my world were my head´s making
would you still want to live in it?
the sky opens its arms
and you know i can´t refuse
to let go and disappear
Vomitado por saenima às 03:54 0 reacções